INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA, FOME E PANDEMIA
Resumo
Turismo gastronômico, fake news da sopa de morcegos e espetacularização da distribuição de cestas básicas durante os primeiros meses da pandemia foram cruciais para me fazer questionar o uso estratégico da fome e de doenças pelo
capital. Neste artigo, portanto, tive como objetivo compreender como o mercado de iguarias vem ganhando espaço na indústria alimentícia, problematizando como essa indústria, ao mesmo tempo que produz e distribui alimentos pelo mundo todo, também gera e faz circular fome e doenças. Para compreendê-lo, propus pensar com as ferramentas teóricas que Lipovetsky desenvolveu sobre o consumo emocional, assim como as trabalhadas por Lazzarato quanto à lógica do capital como máquina de guerra, sem perder de vista a crítica e a resistência que movimentos sociais fazem a esse fenômeno, o que me pareceu exigir a ferramenta
teórica que Fraser usa ao falar das concessões que um neoliberalismo progressista fez a esses movimentos, como a instituição de uma Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Ao final, conclui que a pandemia não foi o freio a que Benjamin se referia como a interrupção da locomotiva da história, e sim mais uma parada na qual se expulsou aqueles que não poderiam seguir viagem pelos trilhos do progresso.
Palavras-chave: consumo emocional; mercado de iguarias; capital como máquina
de guerra; neoliberalismo progressista.
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