ANSIEDADE E DEPRESSÃO NA VULVODÍNIA
DOI:
https://doi.org/10.18616/inova.v14i2.7796Resumo
A vulvodínia é a dor ou desconforto vulvar, de causa idiopática e com duração mínima de três meses. Estima-se que a prevalência seja de 10% a 28%. É um diagnóstico de exclusão e o quadro clínico inclui dor aguda, em queimação ou em pontada. Os fatores psicológicos mais influentes são: ansiedade e depressão. Esta revisão de artigos visa elucidar a relação entre a ansiedade e a depressão com o quadro de vulvodínia e o impacto na saúde sexual da mulher. O trabalho consiste na análise de artigos científicos e de periódicos acerca da saúde sexual da mulher com vulvodínia atrelada a fatores psicológicos. Há uma relação entre a ansiedade e a depressão com a intensidade da dor e piora da qualidade sexual. É comum entre mulheres com vulvodínia a recusa de processos passíveis de dor, como o sexo. Situações traumáticas, como abuso sexual e pós-parto imediato também são importantes. A Terapia Cognitivo-Comportamental mostrou bons resultados. O bloqueio nociceptivo com Lidocaína e a Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea são eficientes em casos refratários. Parece existir relação entre a ansiedade e a depressão com a vulvodínia. Devido à incerteza etiológica, a cura não pode ser garantida, a fim de evitar que a paciente se sinta responsável pela falha terapêutica. A conduta deve ser individual e multidisciplinar, sendo fundamental a abordagem dos aspectos emocionais, especialmente a ansiedade e a depressão.
Palavras-chave: Vulvodínia, Sexualidade, Saúde da Mulher, Depressão, Ansiedade.
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