GT04: Arte na Educação

Autores

  • Coordenadores/as: Silvia Sell Duarte Pillotto (UNIVILLE); Mônica Zewe Uriart (UNIVALI); Rita de Cássia Fraga da Costa (UNIVILLE)

Resumo

O objetivo desse GT é o de problematizar a Arte, pensando na educação estética e artística como mobilizadora de blocos de sentidos e saberes oriundos da constituição de sujeitos críticos e sensíveis. O tema central do GT gira em torno das linguagens/expressões das artes (visual, corporal e sonora), bem como o estudo da estética do imaginário e da mediação cultural. O quadro teórico-metodológico está balizado em autores, como: Deleuze, Guattari (1995), no que se refere as sensibilidades, Bachelard (1998), Maffesoli (2009); Durand (1998) nas questões do imaginário, e Darras (2009) e Martins e Picosque (2012; 2014) com abordagens sobre a mediação cultural. Com relação as abordagens metodológicas, a (auto)biografia, Abrahão (2006), a narrativa Benjamin (1985), Clandinin; Conelly (2011), a cartografia Passos; Kastrup; Escóssia (2015), e a pesquisa educacional baseada em arte – PEBA, Dias; Irwin, (2013), serão aportes necessários para se pensar a pesquisa num viés contemporâneo. Para Deleuze e Guattari (1995, p. 33) uma pesquisa “não começa nem conclui, se encontra sempre no meio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo”. Desta forma, são múltiplas as entradas, configurando-se em um mapa móvel, que se desloca entre saberes e sentires. Nesse processo, são as pistas que guiam os percursos da pesquisa (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2015). Ao narrar as histórias vividas e contadas nos educamos, imbricados a outras vidas. (CLANDININ; CONNELLY, 2011). No entanto, “a narração, em seu aspecto sensível, não é de modo algum o produto exclusivo da voz. Na verdadeira narração, a mão intervém decisivamente, com seus gestos...” (BENJAMIN, 1985, p.220). Ou seja, “a narrativa como recurso metodológico caracteriza o percurso da pesquisa em “fazer surgir histórias de vida em planos históricos ricos de significado, em que aflorem, inclusive, e muito especialmente, aspectos de ordem subjetiva” (ABRAHÃO, 2006, p. 154). O GT destaca o papel da estética como fundamental, pois pensar práticas educativas e seus desdobramentos significa agir de modo sensível. A estética é, ainda, a faculdade do conhecer pela sensibilidade, uma vez que não possui caráter normativo, valorativo e nem prescritivo. Nesse viés, “a imaginação inventa mais que coisas e dramas; inventa vida nova, inventa mente nova; abre olhos que têm novos tipos de visão. Verá se tiver visões”. (BACHELARD, 1998, p.18). As imagens, portanto, podem ser vistas como campo fértil, desenrolando-se em múltiplas outras imagens. Nesse sentido, a arte é um dos produtos mais reveladores dessas atitudes imaginativas, que realizam a mediação entre o eterno e o temporal e constituem “a própria atividade dialética do espírito”. (DURAND, 1988. p. 97). Nesse processo, há que se pensar como atua a sensibilidade, que para Maffesoli (2009, p. 101) afirma que “é preciso reconhecer que a vida é feita também de um realismo sensível: o compartilhamento das emoções, dos afetos e outras paixões comuns. Desta forma, as diretrizes gerais que nortearão o GT estão atreladas as discussões teóricas e metodológicas, e resultados preliminares ou final da pesquisa. Portanto, esse GT tem como ponto de apoio um saber que emerge do fazer/pensar/fazer.

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Publicado

2021-12-22