GT20: Educação do Campo e Educação Ambiental: caminhos entrelaçados pelos povos do campo.

Autores

  • Coordenadores/as: Gerson Luiz Buczenko (Uninter); Maria Arlete Rosa (Universidade Tuiuti do Paraná)

Resumo

 O Grupo Temático intitulado "Educação do Campo e Educação Ambiental: caminhos entrelaçados pelos povos do campo", tem a intenção de reunir pesquisas acadêmicas, em seu início, em andamento ou já desenvolvidas que explorem a temática da Educação do Campo e da Educação Ambiental, sob a perspectiva dos povos do campo. A opção pelos povos do campo emerge, fundamentalmente, pela presença de tradições, valores, ancestralidade, e resistência entre outros elementos que constituem a cultura dos povos do campo, que persiste apesar dos influxos da sociedade atual, assolada pela lógica do capital. Assim, nessa perspectiva abre-se uma amplitude de temas que atualmente estão presentes no debate acadêmico, como: agroecologia, conflito ambiental, ecologismo dos pobres, ecologia política, política ecológica, sustentabilidade, economia solidária, entre outros. Temas, assim, que vem suscitando pesquisas no âmbito acadêmico, da Graduação à Pós-Graduação, bem como no ensino Tecnológico. Segundo Roseli Caldart (2012) a Educação do Campo surgiu em um determinado momento e contexto histórico e não pode ser compreendida em si mesma, ou apenas segundo o mundo da educação ou dos parâmetros teóricos da pedagogia. Ela é um movimento real de combate ao atual estado de coisas – movimento prático, de objetivos ou fins práticos, de ferramentas práticas, que expressa e produz concepções teóricas, críticas a determinadas visões de educação; de política de educação, de projetos de campo e de país, mas que são interpretações da realidade construídas com vistas a orientar ações/lutas concretas. Como Educação do Campo entende-se a educação pensada a partir dos povos do campo, valorizando todo o processo cultural que está presente nos povos tradicionais, construindo-se uma proposta educacional que não imponha uma forma de ser, mas que valorize a forma de ser e de existir característica dos povos tradicionais. Em relação a Educação Ambiental, segundo Reigota (2012, p. 12), esta não dever ser vista apenas na perspectiva dos aspectos biológicos da vida, assim não se trata apenas de garantir a preservação de espécies animais, vegetais e de recursos naturais. Segundo o autor, o que deve ser uma prioridade na Educação Ambiental são as análises econômicas, sociais e culturais entre a humanidade e a natureza e as relações entre os seres humanos, com o objetivo maior de superar os mecanismos de controle e de dominação que impedem a participação consciente e democrática de todos. Com estas provocações iniciais, pretende-se ampliar este debate com a propositura deste Grupo Temático durante o evento, atraindo pesquisadores de todo o Brasil e de outras nações.

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Publicado

2021-12-22