GT41: Evasão Escolar e perspectivas de enfrentamento

Autores

  • Coordenadores/as: Alexsandra Joelma Dal Pizzol Coelho Zanin (IFSC); Marisilvia Dos Santos (IFSC)

Resumo

O objetivo deste grupo é propiciar um espaço para o diálogo relativo ao tema da evasão escolar, desde as suas conformações e especificidades, até as alternativas para o seu enfrentamento. É possível verificar que, na última década, as pesquisas relacionadas à temática da evasão escolar no contexto do ensino médio, educação profissional e educação superior, tem aumentado consideravelmente no Brasil. Sobre os estudos desse fenômeno, Tinto (1975) em seu trabalho de pesquisa com cursos superiores desenvolveu o Modelo de Integração dos Estudantes que leva em conta duas dimensões: uma interna (do aluno e de suas características individuais), e outra de integração (vividas na graduação). O trabalho desenvolvido por Patto (1999) aponta para a produção de evasão e do fracasso escolar enquanto processo psicossocial complexo, a partir de uma crítica sociohistórica. As teorias crítico-reprodutoras discutidas por Saviani (1984), colaboraram para a reflexão sobre as instituições de ensino a partir de uma concepção dialética da totalidade social, apontando como marginalizados os sujeitos excluídos do processo de escolarização. Sawaya (2002), faz uso do termo Teoria da Diferença Cultural para explicar o fenômeno a partir das relações socioeconômicas, pois tomados os padrões da classe média, os alunos de classes populares têm, por exemplo, outro ritmo, outro vocabulário. Cordié (1994), volta-se para esse debate como um fenômeno patológico, resultado da “evolução social”. Atualmente, os pesquisadores que estudam a temática da evasão escolar, como Dore, Araujo e Mendes (2014) e Friscth (2017) a definem como um fenômeno complexo, multifacetado e multicausal, que envolve fatores internos e externos da escola, precisando ser compreendidos no contexto socioeconômico, político e cultural. Este Grupo Temático não tem a pretensão de centralizar o tema da evasão escolar em um único autor ou linha de pesquisa, mas sim possibilitar espaço e tempo para a socialização de pesquisas e relatos de experiências sobre evasão escolar na educação profissional, na educação básica, mais especificamente no ensino médio e na educação superior, sem distinção entre as modalidades presencial e a distância.

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Publicado

2021-12-22