GT47: Gênero, Educação, Trabalho, Direitos Humanos e a Interseccionalidade Étnica Racial
Resumo
O Grupo de Trabalho ora apresentado integrou as programações das edições I , II e III do Congresso Ibero-Americano de Humanidades, Ciências e Educação, respectivamente, ocorridas nos anos de 2014, 2016 e 2018, abrangendo a temática “Gênero, Educação, Trabalho e Direitos Humanos”. O contexto de retrocesso dos direitos humanos vivenciado no país expressa a necessidade de se oportunizar espaços de diálogos para o fortalecimento de uma educação voltada para os direitos humanos, que possibilite a redução da exclusão e das desigualdades sociais, especialmente nas questões de gênero e raça/etnia. Assim sendo, o GT tem como objetivo promover um espaço acadêmico interdisciplinar de reflexão acerca dos estudos de gênero na interface com a educação, o trabalho, os direitos humanos e as relações étnico-raciais, em contextos rurais e urbanos. As pesquisas desenvolvidas pelos Grupos de Pesquisa proponentes, no campo dos estudos de gênero, antropologia e direito, entre outras, têm como foco as temáticas educação, trabalho e direitos humanos. A partir de pesquisas realizadas e em andamento, observam-se limitações que se impõem ao estabelecimento de fronteiras disciplinares e a necessidade de fomentar discussões que possam contribuir para o debate sobre os direitos humanos, nas especificidades das categorias gênero e das relações étnico-raciais. Em uma perspectiva mais ampla de lutas por reconhecimento cultural e igualdade social (FRASER, 2001; 2007), verifica-se a mobilização crescente de indivíduos e coletividades em torno de lutas de gênero em diferentes contextos sociais. Conforme Fraser (2007), como lidar com desigualdades sociais originadas por atravessamentos de classe, gênero, raça/etnia, geração, entre outros? Na academia e em outras esferas de produção de conhecimento, cada vez mais somos interpelados/as por relações sociais e sujeitos que desafiam modelos normativos, a produção e reprodução de desigualdades de gênero na construção de novas formas de existência, na elaboração de novos sujeitos e novos direitos. O fenômeno da demanda dos novos direitos derivam, na realidade, de necessidades que são históricas, uma vez que os direitos humanos estão sempre em criação e redefinição (WOLKMER, 2003). Em artigo clássico sobre o tema gênero, a historiadora Joan Scott (1995) ressalta que, como parte de uma tentativa empreendida por feministas contemporâneas, as preocupações teóricas e analíticas em relação ao gênero surgiram no fim do século XX, de forma que os saberes produzidos anteriormente, entre outras coisas, referiam-se à condição feminina e à oposição masculino/feminino, não tratando dos sistemas de relações sociais entre os sexos. No Brasil, nas últimas duas décadas, acompanha-se um aumento significativo no número de pesquisas e publicações nos campos dos estudos feministas, gênero e relações étnico-raciais. Diante do que se apresenta, o GT proposto pretende reunir trabalhos que problematizem desigualdades de gênero e étnicas raciais, bem como categorias analíticas homogêneas e normativas, que confrontem fronteiras disciplinares e dialoguem a partir de diferentes perspectivas teóricas e contextos sociais. Mediante a aproximação de estudos destas categorias interdisciplinares, busca-se contribuir com uma maior inserção da cultura de direitos humanos no campo da Educação, tendo em vista que este é um dos mecanismos para redução das desigualdade e injustiças sociais.Downloads
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