GT48: Gestão de Recursos Comuns e Restauração de Ambientes Alterados
Resumo
Este GT tem como objetivo central articular e colocar em debate as principais linhas de investigação, ação e formação dos seguintes grupos de pesquisa: Grupo de Pesquisa Gestão e Restauração de Ambientes Alterados, vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC); o Núcleo Transdisciplinar de Meio Ambiente e Desenvolvimento (NMD), vinculado ao Programa de Pós-graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Grupo de Pesquisa em Conservação de Recursos Naturais de Uso Comum (GRUC), vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Como objetivos estão ainda, analisar os impactos socioambientais e compreender os processos de gestão e uso dos recursos comuns nesses ambientes, promovendo espaços de debates com vistas à construção da cidadania ambiental e à proposição de políticas públicas por meio da análise das dinâmicas de desenvolvimento local e identificar avanços junto aos segmentos sociais e políticos, que vise a restauração destes ambientes alterados, além de analisar e identificar os mecanismos de articulação entre os segmentos políticos, econômicos e sociais com relação à gestão de recursos comuns, e as suas conexões com o uso de recursos naturais não-renováveis. O ecodesenvolvimento tem sido o ponto de confluência dessa reflexão. Mencionado pela primeira vez no âmbito da Conferência de Estocolmo, foi utilizado no decorrer da década de 1970, sendo, progressivamente, marginalizado na década seguinte. O enfoque do ecodesenvolvimento ressalta três dimensões: (I) recursos naturais, (II) espaço-território, e (III) habitat (compreendido como qualidade de vida). A primeira dimensão, são consideradas as contribuições do enfoque da gestão de recursos comuns, que vêm permeando o debate sobre os modos de apropriação e gestão, assim como deve ser analisada junto ao estilo de desenvolvimento. A segunda dimensão, traz-se o enfoque do ecodesenvolvimento territorial, como uma possibilidade de operacionalizar o enfoque de ecodesenvolvimento. Por fim, à dimensão do hábitat está relacionada a partir do enfoque de justiça ambiental e ecológica, baseada na avaliação da distribuição dos benefícios, dos riscos e danos ambientais, e as relações entre os seres humanos, a interação destes com o meio ambiente, com as futuras gerações e processos ecossistêmicos. Neste sentido, o GT pretende se constituir como um espaço para apresentar como têm sido a repercussão das distintas contribuições oriundas dos autores e coletivos, e dentre as resultados esperados e as contribuições cientificas previstas estão o fortalecimento entre as linhas de pesquisa Além disso, de compreender melhor as dinâmicas territoriais de desenvolvimento, e oferecer subsídios para a recriação do atual sistema de gestão à luz do enfoque da gestão integrada e compartilhada de recursos comuns; além de contribuir para a socialização dos conhecimentos obtidos junto às comunidades locais e identificar e propor alternativas que apontem na perspectiva da construção de um processo de gestão dos recursos comuns com vistas a restauração ambiental. Aponta ainda para a pertinência de trabalhos que permitam visualizar os desafios e possibilidades de experimentação com essas ideias no âmbito das atividades dos núcleos de pesquisa e organizações.Downloads
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