GT61: Multiletramentos e ações formativas em contextos digitais

Autores

  • Coordenadores/as: Obdália Santana Ferra Silva (UNEB); Simone Bueno Borges da Silva (UFBA); Úrsula Cunha Anecleto (UNEB)

Resumo

Tendo em vista as transformações e desafios propostos pelas tecnologias digitais e pela pedagogia dos multiletramentos à formação docente, este Grupo de Trabalho (GT) acolherá pesquisas, em andamento ou concluídas, que estabeleçam diálogos sobre formação de professor e perspectivas teórico-metodológicas, a saber: práticas de gêneros textuais/discursivos nos processos de formação inicial e continuada de professores; práticas pedagógicas no contexto da cibercultura; contribuições de práticas de letramento e de multiletramentos na construção identitária de professores. Desse modo, espera-se contribuir para reflexões críticas sobre a formação docente, no contexto da sociedade tecnológica digital, em que ensino e aprendizagem sejam compreendidos para além da sala de aula física, considerando-se a multiplicidade de linguagens e recursos multimodais e multissemióticos que têm circulado na sociedade atual, exigindo do professor multiletrar-se, a partir de uma formação pessoal e profissional responsiva que o possibilite transitar pelas práticas interativas discursivo-textuais demandadas pelo contexto sociocultural em que vive. Portanto, a discussão sobre multiletramentos e formação, neste GT, se relacionará aos processos de desenvolvimento humano e às possibilidades de aprendizagem oferecidas por diversas agências da cultura letrada, dentre elas as unidades escolares, com vistas a atender às demandas das propostas educacionais no Brasil, considerando as orientações de inclusão da diversidade como princípio básico da cidadania. O referencial teórico que embasa as reflexões e discussões sobre temáticas aqui propostas tomará como fundamentos os seguintes construtos teóricos e respectivos autores: letramentos (KLEIMAN, 1995; 2005; SOARES, 1999, 2015; STREET, 2014); multiletramentos e pedagogia dos multiletramentos (COPE; KALANTIS, 2000; ROJO, 2009; 2012; 2013); letramentos multi-hipermidiáticos (LEMKE, 2010; SIGNORINI, 2011); letramento digital (ZACHARIAS, 2016; XAVIER, 2003; COSCARELLI; RIBEIRO, 2007); práticas e eventos de letramento (STREET, 2012; HEATH, 1982; BARTON; HAMILTON, 1998); gêneros textuais/discursivos (MILLER, 2012); formação docente (SCHÖN, 2000). Em termos metodológicos, julgamos necessária e eficaz uma démarche de pesquisa que se ancore nos seguintes fundamentos: etnometodologia (COULON, 2005; GARFINKEL, 2006); etnografia/netnografia (ERCKSON, 1986; GARCEZ; SHULTZ, 2015; FRITZEN; LUCENA, 2012; KOZINETS, 1997); autoetnografia (VERSIANI, 2005); (etno)pesquisa-formação (JOSSO, 2004; MACEDO, 2004; 2010; 2012); pesquisa colaborativa (DESGAGNÉ, 2006; IBIAPINA, 2008). Nesse sentido, espera-se que este simpósio se constitua como um espaço de reflexão sobre práticas de multiletramentos na formação docente, ampliando o debate para os letramentos críticos nos diversos contextos educacionais; que o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita sejam compreendidos para além de uma função comunicativa, considerando-se que os letramentos são múltiplos e ocorrem relacionados aos processos de desenvolvimento humano e às possibilidades de aprendizagem oferecidas por diversas agências da cultura letrada, dentre elas, as unidades educacionais.

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Publicado

2021-12-22