GT67: Pedagogia Decolonial, Formação e Educação Ambiental
Resumo
O sistema mundo “moderno-colonial” apresenta sintomas de uma nova crise com características de mutação para uma nova era que se anuncia: a era robótica. Nessas três décadas iniciais do século XXI sofremos os impactos da globalização do capitalismo financeiro. Os princípios educativos do neoliberalismo vêm sendo difundidos diariamente pelas mídias corporativas na forma de dogmas fundamentalistas, revestidos como “evolução natural” da vida moderna; testemunhamos a proliferação das fake new como dispositivos de fabricação de “verdades” que alimentam e orientam as escolhas políticas de segmentos populacionais aprisionadas nas redes sociais da tecnologia virtual. Ao mesmo tempo em que se cultua o protagonismo do “individuo” e o individualismo de estilo neoliberal, percebemos uma série de hostilidades e ataques ao pensamento social crítico e às ciências em geral, em prol de uma apologia da ignorância e de paradigmas racistas e regimes ditatoriais de tempos passados; e um dos aspectos mais tristes de comportamento anticientífico, para nós que atuamos no campo da educação, é vermos professores/as e jovens estudantes sendo seduzidos por discursos fascistas. No mundo do cinema e das novas tecnologias filmográficas, vemos centenas de filmes, produzidos em diversos países, com temáticas que prenunciam o fim da vida no Planeta Terra. No mundo da realidade em que vivemos, agimos e ainda refletimos, percebemos que o capitalismo segue seu curso expansionista e estimula a fome insaciável do consumismo que vai devastando os ecossistemas e “queimando florestas”, enquanto a natureza do Planeta se pronuncia nos alertando para as consequências socioambientais das mudanças climáticas. Vemos ainda que nos países que adotaram as políticas neoliberais, seguindo as orientações dos tradicionais organismos internacionais controlado pelo capital financeiro, houve maior concentração de riqueza e aumento da desigualdade social. Na América Latina, estamos testemunhando, desde os anos iniciais do novo século, um estado de convulsões sociais, disputas polarizadas, novas modalidades de Golpes de Estado, Amazônia em chamas e violências que desestruturam a ordem social e provocam novas migrações. Mais uma vez, a humanidade se vê diante de uma encruzilhada histórica. Em contrapartida, vemos também uma dinâmica social que busca e escolhe outros modos de ver a realidade, outras formas de bem viver e conviver; vemos novas formas de solidariedade, novos paradigmas educacionais, outras experiências pedagógicas e outras concepções históricas. Diante deste cenário de múltiplas e complexas dimensões, o que os pesquisadores/as têm a dizer sobre dois conceitos chaves que estão no centro da nossa crise civilizatória: consciência histórica e consciência ambiental? Este GT se propõe a acolher pesquisas e reflexões sobre estudos nos campos da educação na perspectiva decolonial. Nossa interlocução pretende priorizar estudos e diálogos decoloniais no universo da América Latina, Caribe, África e península ibérica, contemplando conhecimentos, reflexões e experiências pedagógicas.Downloads
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