GT74: Relações raciais, pesquisas e decolonialidade
Resumo
Num cenário de tantos ataques aos direitos fundamentais, políticos, econômicos e sociais em que setores conservadores de direita veem a ciência como ameaça e elegem professoras(es) e universidades como inimigos, mais do que nunca, romper parte do silêncio no campo acadêmico que tem assombrado corpos, mentes e pertencimentos identitários, é um desafio carregado de resistência e de re(existência).Baseando-se nas universidades europeias do século XIX o projeto de universidade brasileira mais do que nunca está em disputa, pois, o que se consolidou ao longo do tempo, ainda se referencia pela colonialidade: do poder, do saber, do gênero e do ser. Ou seja, se constitui como uma dimensão simbólica do colonialismo que organiza as diferenças e as transforma em desigualdades, naturalizando as hierarquias raciais, de classe, gênero, sexuais, territoriais, epistemológicas, etc. com prejuízo aqueles(as) que têm sido violentamente colonizados(as). Ainda que concluído o processo de colonização a colonialidade permanece vigente como esquema de pensamento e ações legitimando as diferenças e as desigualdades entre sociedades, sujeitos e conhecimentos. A inversão da lógica colonial implica escutar e olhar com atenção os aportes provenientes dos lugares subalternizados, reconhecendo experiências comuns de grupos que se consideram cultural e politicamente distintos. Com esse entendimento, a proposta do GT é acolher pesquisas que tenham como foco de estudos as questões raciais, relacionadas à população negra, em articulação com os estudos decoloniais. Nosso intento, é reunir pesquisadores/as de diferentes áreas do conhecimento (educação, geografia, história, sociologia, artes, literatura, economia, química, antropologia, direito, psicologia, etc.) promovendo um encontro interdisciplinar, que nos permita mapear como os estudos estão tratando teórico-metodologicamente o fenômeno do racismo na sociedade contemporânea e o que apontam como possibilidades para seu enfrentamento. Afinal, não é possível pensar o trabalho intelectual divorciado da política do cotidiano. Desse modo, quais perguntas estão sendo feitas? Quais metodologias estão sendo desenvolvidas? Quais questões éticas as pesquisas vêm apontando? Assim, esse GT se compromete em contribuir como uma inflexão político-epistemológica frente as demandas sociais contemporâneas das pesquisa em humanidades.Downloads
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