O AGIGANTAMENTO DO SISTEMA PUNITIVO NO PERÍODO NEOLIBERAL: um diagnóstico de linchamentos e inimigos.
Resumo
O presente trabalho aborda como a imagem do inimigo foi criada e operada a partir do senso comum punitivo, tendo como plano de fundo um Estado brasileiro seguindo a linha da política neoliberal importada, dirigida por um viés punitivista direcionado as minorias e, por sua vez, como isso refletiu em atuais contextos de justiçamentos realizados em determinados espaços por indeterminados sujeitos, mas com um inimigo nitidamente visível. O Estado de bem-estar social, na metade do século XX, começa a ser atacado duramente pelas políticas neoliberais mascaradas por um conservadorismo exacerbado, principalmente no âmbito penal, revivendo assim velhos inimigos e disseminando medo. Esses indivíduos como novos inimigos, são em realidade bem velhos como aponta Eugênio Raul Zaffaroni sobre o hostis romano que nunca desapareceu por completo. Ele ressurge com uma nova roupagem, estabelecida pelo pânico social que se propagou advindo das políticas neoconservadoras, importada dos Estados Unidos para o Brasil na década de 1980. Existe um inimigo visível e tecnologia para combatê-lo. Assim, o Estado transfere sua alçada elementar denominada “segurança” para o privado e, muitas vezes, legitima os acontecimentos de violência contra o hostis. Dentre os inúmeros resultados dessa política, verificou-se o aumento dos casos de linchamentos. O presente trabalho se baseia eminentemente em análise teórico-bibliográfica e uma verificação não sistematizada de manifestações da mídia sobre os ocorridos.Downloads
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