CEFALEIA PÓS-PUNÇÃODURAL EM PACIENTES SUBMETIDAS A CIRURGIAS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Autores

  • Luciano Alves Matias Silveira Disciplina de Anestesiologia (Departamento de Cirurgia) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Resumo

Objetivo: Avaliar a incidência de cefaleia pós-raquianestesia em pacientes submetidas a procedimentos cirúrgicos em um Hospital Universitário. Métodos: Um estudo prospectivo, analítico e descritivo, entre dezembro de 2016 a abril de 2017, foi realizado, sendo coletados dados de 130 pacientes submetidas a procedimentos ginecológicos e obstétricos. Os dados foram coletados no dia do procedimento e posteriormente em dois tempos para diagnóstico de CPPD. As análises foram realizadas através de resultados descritivos e odds ratio para associação de causalidade. Resultados: Das 130 pacientes, cinco não foram localizadas, sendo excluídas do acompanhamento. A média de idade das pacientes foi de 36,8 anos ± 16,1, e a média do IMC de 29,4 kg.m-² ± 6,8. Quanto às cirurgias realizadas, 50% foram cesarianas e as demais foram distribuídas entre cirurgias ginecológicas e obstétricas diversas. Todas as pacientes foram submetidas a RA com agulha Quincke, nos calibres 20 (0,77%), 25 (38,4%), 26 (45,4%) e 27 (15,43%). Os residentes em anestesiologia realizaram 99% das anestesias (68% do primeiro ano (R1), 25% do segundo (R2), e 6% do terceiro (R3)), e 1% realizada por staff do serviço. Durante o acompanhamento, 5,6% (n=7) pacientes desenvolveram CPPD. Comparando a categoria dos residentes e a incidência de cefaleia, observou-se um OR > 1 quanto à experiência do anestesiologista e quanto ao calibre da agulha. Conclusões: A incidência de CPPD neste estudo foi superior ao comparado na literatura. O maior calibre da agulha e a menor experiência profissional foram fatores de risco de maior associação à CPPD.

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Publicado

2021-02-17

Edição

Seção

ARTIGOS