MULHERES NEGRAS EDUCADORAS NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CRICIÚMA: OS DESAFIOS PARA O ENFRENTAMENTO DO RACISMO E SEXISMO

Autores

  • Gabriela de Abreu Ghisleri
  • Lucy Cristina Ostetto

DOI:

https://doi.org/10.18616/rsp.v3i3.5364

Resumo

A presente pesquisa objetiva refletir sobre narrativas de mulheres negras educadoras na Rede Municipal de Ensino de Criciúma identificando nas suas trajetórias os desafios enfrentados para inserção e permanência no campo educacional, bem como o enfrentamento na luta contra o racismo e o sexismo. Por meio de entrevista com quatro educadoras negras da Rede Municipal de Ensino de Criciúma, foi realizada uma análise qualitativa de natureza básica com o objetivo de compreender suas experiências na educação básica. Para tanto, dialogamos com Bispo (2012), Carneiro (2003), Crenshaw (2012), Jesus (2010), Brasil (2003) e da Lei nº 10.639\03, dispositivo legal regulador das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana para a Educação Étnico-racial. Além da discussão a respeito do conteúdo legal, foram abordadas durante a análise questões referentes ao movimento feminista negro, às discriminações raciais sofridas pelas entrevistadas e as dificuldades para ingresso como docentes no campo educacional influenciada por estereótipos impostos pela sociedade brasileira sobre os negros. As educadoras entrevistadas acreditam que a educação é uma ferramenta de transformação capaz de construir uma sociedade mais justa e igualitária sem espaço para o racismo, o preconceito e a discriminação. Apontam que a trajetória para busca destes ideais fortalece uma luta social cujo resultado almejado faz com que qualquer desafio valha à pena.

PALAVRAS CHAVE: Educação. Escola. Feminismo negro. Mulheres negras. Narrativas.

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Publicado

2019-09-18