O BRINCAR COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NO TERRITÓRIO: O USO DA MEDICINA NARRATIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

  • Isabela Gonçalves Lemes Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP
  • Ingrid Pereira de Souza Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP
  • Maria Clara de Faria e Silva Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP
  • Rafaela Pereira Silva Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP
  • Luana Stefanie Silvino Gonçalves Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP
  • Renata Tamie Nakao Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP
  • Regina Yoneko Dakuzaku Carreta Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP

Resumo

A compreensão de saúde ao longo da história apresenta diferentes enfoques que refletem os pensamentos e teorias predominantes de uma determinada época, culminando em um modelo dominante de cuidados à saúde humana. No século XVIII, o conceito de saúde era definido como ausência de doença, chamado modelo biomédico. Esse modelo é caracterizado por uma oferta de cuidado fragmentada, no qual o foco está localizado apenas em parâmetros biológicos. Com o passar do tempo e com o desenvolvimento de várias áreas do conhecimento, surge um novo modelo que busca a totalidade dos fenômenos saúde/doença, onde aspectos biológicos não podem ser separados de aspectos psíquicos e sociais, é o chamado modelo biopsicossocial. Ampliar a Clínica para além dos moldes focados nos fenômenos estritamente biológicos é abrir espaço para uma clínica centrada nos sujeitos. Dessa forma, com o enfoque no modelo biopsicossocial, tem se percebido a necessidade de se ampliar também o repertório de métodos de produção de conhecimento que vão ao encontro dessa nova realidade. Diversos recursos vêm sendo utilizados, como por exemplo a Medicina Narrativa para uma prática médica humana e efetiva. O termo "Medicina Narrativa" é usado para designar uma medicina implicada na compreensão das formas como médicos e pacientes vivenciam a doença e a saúde. Nessa direção, o presente estudo objetivou relatar uma experiência de cuidado à saúde na Atenção Primária com base na Medicina Narrativa. Trata-se de um relato de experiência referente a uma ação em comemoração ao Dia das Crianças, realizada durante a pandemia da COVID-19, proposta e executada por duas equipes de saúde da família de unidades localizadas no interior do estado de São Paulo. O uso da Medicina Narrativa possibilitou a construção de uma narrativa conjunta, a partir dos relatos individuais de algumas profissionais que participaram da ação. A construção da narrativa permitiu que as autoras refletissem sobre a ação e avaliassem pontos positivos e aqueles que ainda podem melhorar, possibilitando melhor apropriação da estratégia utilizada, além de fornecer parâmetros para que novas ações semelhantes a essa sejam desenvolvidas.

Biografia do Autor

Isabela Gonçalves Lemes, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP

Residente Psicóloga do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP).

Ingrid Pereira de Souza, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP

Residente fonoaudióloga do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP).

Maria Clara de Faria e Silva, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP

Residente farmacêutica do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP).

Rafaela Pereira Silva, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP

Residente terapeuta ocupacional do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP).

Luana Stefanie Silvino Gonçalves, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP

Residente odontologista do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP).

Renata Tamie Nakao, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP

Psicóloga no Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, onde exerce atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Regina Yoneko Dakuzaku Carreta, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP-USP

Docente do curso de Terapia Ocupacional vinculada ao Departamento de Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (FMRP-USP). Atua no Grupo de pesquisa "Saúde, Ocupação e Contextos Psicossociais" no qual tem trabalhado nas seguintes temáticas: Atenção Primária à Saúde, Território, Pessoa com Deficiência, Interprofissionalidade, População em Vulnerabilidade Social, Economia Solidária, Lazer e Participação Social.
Tutora do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Integral à Saúde da FMRP-USP na área de Terapia Ocupacional e Membro do Núcleo Docente Assistencial Estruturante (NDAE) desde 2010.

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Publicado

2022-11-23