MATERNIDADE E INFÂNCIA NA RELAÇÃO CAPITAL-TRABALHO: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DE GÊNERO EM POLÍTICAS SÓCIO-MÉDICO-ASSISTENCIAIS NA REGIÃO CARBONÍFERA CATARINENSE (1960-1980)
Resumo
O presente projeto apresenta como tema central os estudos de gênero, centrados nas categorias de análise referentes à maternidade e à divisão sexual do trabalho, com ênfase no trabalho reprodutivo, tendo como linha de investigação a produção discursiva de gênero, sobretudo, nos âmbitos do trabalho doméstico e de uma nova maternidade imposta às famílias de mineiros a partir de políticas sócio-médicoassistenciais, que se apresentam como parte do projeto brasileiro de desenvolvimento na primeira metade do Século XX. A pesquisa proposta integra um projeto de maior abrangência territorial e em linhas de investigação, intitulado “Cuidando das Famílias Pobres: A Assistência Social Materno Infantil na Região Carbonífera Catarinense (1930-1980)”, desenvolvido com o apoio financeiro do CNPq. Na proposta aqui apresentada busca-se interrogar quais discursos de gênero foram construídos, a partir de políticas sócio-médico-assistenciais, sobre a maternidade e a infância em relações capital-trabalho na região carbonífera catarinense, no período de 1960-1980. O interesse pela pesquisa sobre a temática gênero, justifica-se a partir da motivação em compreender empiricamente suas implicações nas relações sociais. Além disso, como mulher-mãe e profissional, surgiram inquietações provocadas pelo cotidiano das relações que se estabelecem nos diferentes espaços pelos quais transitamos, nas esferas privada/doméstica e pública/produtiva, marcados por normas de gênero e a divisão sexual do trabalho. Metodologicamente, a pesquisa será qualitativa e documental, com base na análise discursiva proposta por Michel Foucault, por meio da qual, analisa-se a produção de discursos a partir de interesses e de relações de saber-poder, tomando como central a categoria gênero e a divisão sexual do trabalho. Para a pesquisa, foram selecionados um conjunto de relatórios produzidos pela Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão (SATC), referentes a atividades promovidas junto as famílias dos mineiros nas vilas operárias. Nesse contexto, ressalta-se a construção do trabalho das mulheres como um espaço demarcado por desigualdades de gênero na sociedade patriarcal-capitalista, que a situam estrita ou preponderantemente nas atividades de cuidado como algo naturalizado, atribuição intrínseca desde um determinismo biológico.Downloads
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