PROLETARIADO DIGITAL: NOVAS DEMANDAS DE PROTEÇÃO SOCIAL

Autores

  • Fábio Cannas

Resumo

O surgimento de novas demandas sociais e sua inclusão em sistemas de proteção social acontece por um conjunto especifico de condições políticas e sociais. A capacidade de mobilização e organização de determinados setores é fundamental para dar visibilidade às novas demandas. As novas Tecnologias Digitais tem impactado o mundo do trabalhando gerando possíveis novas demandadas. Seria simplista afirmar que o período de crise pelo qual o Brasil passa poderia produzir um cenário de migração de empregos formais para a Uber, por exemplo. Claro que esse contexto pode contribuir consideravelmente, mas outro fator central precisa ser observado, o uso da tecnologia. As novas Tecnologias e Informação e Comunicação – TIC´s, a partir de dispositivos móveis em rede, passam a constituir uma rede digital que conecta tudo e todos de maneira global e em tempo real, implicando ciclos de convergências de processos físicos, econômicos, sociais, políticos e culturais. Essa nova relação estrutura-se em três pilares: usuário / tecnologia / trabalhador. Os usuários se beneficiam de um serviço rápido, eficiente e barato. As empresas de tecnologia lucram milhões. E no elo mais frágil, os trabalhadores são submetidos a extensas jornadas, com recursos próprios, sem regulamentação e proteção social. A partir de uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, buscaremos refletir como essas novas modalidades de serviços digitais podem estar precarizando o trabalho e produzindo novas demandas de proteção social.
Palavras-chave: Proteção Social, novas tecnologias, trabalho

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Publicado

2020-04-01

Edição

Seção

Estado, Políticas Públicas e Direitos Sociais