COLONIALIDADE, IDEOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DEPENDÊNCIA: LIMITES À DEMOCRACIA SUBSTANCIAL BRASILEIRA

Autores

  • Isabela Lenoir Mendes

Resumo

Em um contexto histórico em que o Brasil é atingido por uma crise econômica e a fragilidade das instituições brasileiras torna-se evidenciada, propus-me, neste artigo, a analisar as origens da ideologia desenvolvimentista e as razões de sua falência
em um estado periférico como o brasileiro. Primordialmente, o mote do desenvolvimento econômico foi atrelado à perpetuação de uma produção científica etnocêntrica e ao domínio geopolítico pelo Norte Global, a partir da continuidade do legado da colonização, mesmo após a conclusão dos últimos processos de independência política. Nesse recorte, foi discutida a dependência histórico-estrutural brasileira e a adequação do discurso desenvolvimentista em diferentes períodos da era republicana no país, de modo a ressaltar as incompatibilidades entre a democracia concebida pelos modernos e a arquitetura
socioeconômica dos países subalternos. Conclui-se, dessa forma, que a democracia, em seu sentido substancial pode ser melhor concretizada no Brasil, e em outros países latinos, caso nos engajemos com os conceitos de pós-desenvolvimento e pós-colonialidade A superação do modelo político-econômico capitalista demanda, enfim, o rompimento com os paradigmas
técnico-científicos e filosóficos cristalizados pela modernidade.

Palavras-chave: Colonialidade, democracia, dependência, desenvolvimento

Downloads

Publicado

2022-07-22