A DISPENSAÇÃO DE PSICOTRÓPICOS NA REDE BÁSICA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ-PR: REFLEXÕES SOBRE A MEDICALIZAÇÃO DA VIDA ENGENDRADA NO COTIDIANO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18616/inova.v15i5.9226

Resumo

O aumento do uso de psicotrópicos nas últimas décadas pode estar relacionado ao crescimento dos diagnósticos psiquiátricos, assim como, à introdução de novos medicamentos pela indústria farmacêutica. Na saúde pública a dispensação de psicotrópicos pode ocorrer em diferentes serviços. O objetivo desta pesquisa é realizar um levantamento sobre o consumo de psicotrópicos dispensados na rede básica de saúde do município de Maringá-PR. É um estudo qualitativo executado por meio de análise documental em 15 Unidades de Dispensação entre 01/05/2022 e 30/04/2023. Os psicotrópicos que mais se destacaram foram: Fluoxetina, Amitriptilina, Venlafaxina, Carbamazepina, Valproato de Sódio, Carbonato de Lítio, Risperidona e Clonazepam. A evidência maior se deu para a Fluoxetina, um antidepressivo considerado a “pílula da felicidade” na sociedade do consumo atual a qual exige, a qualquer preço, alto rendimento, bem estar e produtividade. Aponta-se a Atenção Básica como fomentadora de práticas inovadoras no cuidado em saúde mental. Destacam-se estratégias voltadas à proposta da Clínica Ampliada que visem a desmedicalização. Enfatiza-se que o trabalho interdisciplinar, a escuta e o acolhimento, o cuidado corresponsável, integral e longitudinal possibilita a construção da autonomia no projeto terapêutico e o estabelecimento de suportes que vão além da medicalização do sofrimento psíquico.

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Publicado

2025-10-21

Edição

Seção

Saúde e Processos Psicossociais