Por uma pedagogia das margens: pensando as práticas pedagógicas da educação escolar indígena e da educação do campo
DOI:
https://doi.org/10.18616/ce.v13i3.8473Resumo
A educação indígena e a educação do campo representam formas de resistência e afirmação das identidades culturais e sociais desses povos. A pedagogia que emerge de suas práticas educativas está intrinsecamente ligada à luta pelo reconhecimento de suas particularidades. Fundamentado em pesquisas desenvolvidas sobre a educação indígena e a educação do campo, especialmente no que diz respeito às estratégias de enfrentamento adotadas pelos povos marginalizados, notadamente na luta pelos direitos à terra, à educação, ao cuidado com a terra e à saúde, o presente artigo tem como objetivo refletir sobre a educação escolar indígena e educação escolar do campo, levando em consideração experiências dos movimentos sociais que buscam a construção de práticas pedagógicas comprometidas com a formação humana, política e identitária, num processo educacional escolar intrinsecamente ligado à luta pela terra e manutenção da vida, comprometido com a construção de um projeto autoral. Para alcançar esse propósito, trazemos para debate experiências concretas, construídas a partir de movimentos contra-hegemônicos, tais como a Teia dos Povos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento Zapatista. Esses movimentos desafiam a ordem social estabelecida e o aparato estatal. Nesse sentido, a pedagogia das margens é aquela construída com base nas experiências políticas dos próprios coletivos afetados pelas desigualdades sociais e educacionais.
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