O RASTRO DESEJANTE DE UMA EDUCAÇÃO QUÍMICA MENOR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18616/ce.v13i3.8627

Resumo

Em diálogo com o artigo ‘Rastros de uma educação Química menor’, buscamos, nessa escrita-oficina,  apresentar e discutir o rastro desejante de uma educação química menor. Propomos a teorização de um campo educacional para reativar possíveis que mobilizem os saberes relacionados à transformação das substâncias. Elaboramos quatro tomo-vacúolos de pensamento: i) Rastro(s) - uma prática? Atravessamentos de uma formação menor?; ii) O corpo, o desejo e a escola; iii) Química industrial como produtora do inconsciente colonial-capitalístico; iv) química desejante! Que cargas d’água é isso? Emerge, então, a aposta em uma educação química menor, em seu rastro desejante: tentacularizada com/no mundo, desfazendo os nós almalgamados pelo inconsciente colonial-capitalístico; descolada de um propósito dominante; debruçada na transformação das substâncias como oportunidade para desacelerar, experimentar novos ritmos e sabores da mobilização do pensamento químico com/em/pela/na/da vida; reconectada de atores (humanos, não-humanos, mais que humanos) e com os processos que nos entrelaçam com o mundo. Reativar o desejo de pensar-com é singularidade que emerge dessa rede de relações que colocamos em movimento em prol de reconectar nossos corpos e práticas para ficar com o problema, com a ampliação de circunstâncias que, como refúgios, nos permitam traçar devires e novas alianças em educação química.

Biografia do Autor

Fernanda Monteiro Rigue, UFU

Doutora (2020) e Mestra (2017) em Educação (Linha de Pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento Profissional) pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM/RS). Licenciada em Química pelo Instituto Federal Farroupilha - Campus São Vicente do Sul (IFFar/RS) (2015). Durante a graduação atuou como bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) (2011-2014) e no Programa de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) (2014-2015), e esteve como voluntária no Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (Life) (2012-2014). Atualmente é Professora Adjunta (nível II) do curso de Química (Licenciatura e Bacharelado) do Instituto de Ciências Exatas e Naturais do Pontal - Universidade Federal de Uberlândia (ICENP/UFU/MG). É membro dos grupos de pesquisa vinculados ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): UIVO: matilha de estudos em criação, arte e vida (Artes) (UFU) e multiTÃO: proliferando as artes subvertendo as ciências, a educação e as comunicações (UNICAMP). Coordenadora Colaboradora no núcleo multidisciplinar na área de Química do Subprojeto Matemática/Química do Edital PIBID 23/2022 (UFU/Pontal). Cocoordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (Life) da UFU - Campus Pontal. Atua no campo da Educação em Ciências/Química, em ações de Ensino, Pesquisa e Extensão, com interesse nos seguintes temas: Formação docente, Historicidade da Educação-Ciências/Química, Metodologias de Ensino, dentro do prisma do Pós-estruturalismo e das Filosofias da Diferença.

Bruna Adriane Fary, Universidade Federal de Pelotas

Licenciada em Química pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR - (2015). Mestra e Doutora em Ensino de Ciências e Educação Matemática pelo Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática, PECEM - (2021) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Especialista em Neuroaprendizagem e Educação e Sociedade (2020) pela Faculdade UNINA. Atualmente, é professora no Centro de Ciências Químicas Farmacêuticas e de Alimentos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Faz parte, enquanto pesquisadora, de três grupos: Grupo de Estudos em Educação Científica e Culturas (GEECC); Laboratório de Ensino e Pesquisa em Educação Química (LEPEC) e do Laboratório de Ensino de Química (LABEQ). Inclina-se a investigar nas linhas: Estudos Culturais das Ciências; Educação em Direitos Humanos; Filosofia e Sociologia da Química/Ciências; Experimentação no Ensino de Química/Ciências; Educações e Mídias; Educação Ambiental e Antropoceno. 

Roberto Dalmo Varallo Lima de Oliveira, Universidade Federal do Paraná

Licenciado em Química pela Universidade Federal Fluminense (2012), Mestre e Doutor em Ciência, Tecnologia e Educação pelo CEFET-RJ (2017). Foi professor da Escola Básica. Trabalhou entre 2014 e 2017 na Universidade Federal do Tocantins (UFT), entre 2017 e 2019 na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atualmente, é professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Coordenador da Coleção Culturas, Direitos Humanos e Diversidades na Educação em Ciências. Atuando nos programas de pós-graduação em Educação (PPGE) e Educação em Ciências e em Matemáticas (PPGECM) com os temas Estudos Culturais da Ciência e Tecnologias; Relações entre Ciências, Artes e filosofias. Amante da linguística, Focou os últimos anos de sua carreira em estudos em Therolinguística o que fez com que se sentisse confortável para trabalhar como tradutor da obra "A Máquina Classificatória de Humanidades: escritos excrementais" produzida pelo intelectual Bartholomew Feather. Busca pensar fins de mundo e possibilidades de sobrevivência no apocalipse zumbi 

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Publicado

2024-11-05

Edição

Seção

Dossiê: EDUC(AÇÕES) PARA ADIAR O FIM DO MUNDO