VIOLÊNCIA SIMBÓLICA E CAPITAL CULTURAL: UM ESTUDO SOBRE OS SENTIMENTOS E PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES BOLSISTAS EM UMA ESCOLA PRIVADA
DOI:
https://doi.org/10.18616/rsp.v6i1.7247Resumo
RESUMO: As escolas da rede privada concedem bolsas de estudos para um determinado grupo social e, nesse contexto, há diferenças entre os estudantes que nelas estão inseridas. Alguns estudantes são detentores de um capital e de habitus que herdaram no âmbito da família, já outros, não tiveram esse privilégio e, muitas vezes, têm dificuldades de se reconhecerem no sistema escolar, o que gera uma violência simbólica. Nesse sentido, o objetivo geral da presente pesquisa foi compreender como a violência simbólica e as diferenças de capital cultural impactam os estudantes bolsistas de uma escola privada, localizada em Criciúma, SC. Quanto aos objetivos específicos, buscou-se analisar a renda familiar e o nível de escolaridade dos pais, bem como, identificar os sinais de violência simbólica sentidos ou percebidos pelos estudantes, e como a diferença de capital cultural se manifesta nesse espaço escolar. A abordagem da pesquisa foi de natureza qualitativa. Como técnica de coleta de dados, foi utilizado o questionário aplicado aos pais dos estudantes bolsistas, para obter dados sobre a renda e o nível de escolaridade, e aos estudantes bolsistas, para identificar a violência simbólica e impactos da diferença de capital cultural. Para a interpretação dos dados, foram utilizados os princípios da Análise de Conteúdo de Bardin (2011). O estudo teve como aporte teórico a sociologia da educação na perspectiva de Pierre (1930 – 2002) e autores que nele embasaram suas produções acadêmicas. O estudo apontou, conforme a teoria de Bourdieu, que quanto menor o capital cultural herdado, maiores são as chances de os estudantes sofrerem o que o autor denominou de violência simbólica; evidenciou também, a relação entre a renda familiar e o capital cultural e que os estudantes bolsistas, por possuírem um capital cultural herdado menor, podem sofrer com a violência simbólica, pois o próprio colégio, muitas vezes, colabora para a existência de atos de violência simbólica. 1Graduada em Pedagogia pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. E-mail paulinha.e@unesc.net 2Doutor em Educação pela Universidade do Rio dos Sinos (UNISINOS). Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE, e nos cursos de graduação em Pedagogia e Educação Física da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. E-mail giv@unesc.net. Saberes Pedagógicos, Criciúma, v. 6, nº1, janeiro/abril 2022.– Curso de Pedagogia– UNESC 141 Palavras-chave: Violência simbólica; capital cultural; habitus; estudantes bolsistas.Downloads
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