Com quantos “Eus” se faz um “Nós”? Grupos LGBTQIA+ como estratégia ético-política para o enfrentamento de violências culturais e seus efeitos subjetivos.
DOI:
https://doi.org/10.18616/rdsd.v11i1.9608Palavras-chave:
Subjetividade LGBTQIA+, Gênero, Grupos, Psicanálise, Saúde MentalResumo
Este artigo discute a mediação de grupos LGBTQIA+ sob uma perspectiva psicanalítica articulando gênero, sexualidade e crítica social. A partir da apresentação de uma experiência grupal, analisa-se o enfrentamento da LGBTfobia como sofrimento ético-político, considerando a indissociabilidade de suas dimensões culturais e subjetivas. Reflete-se sobre o potencial dos grupos no acolhimento e a produção de narrativas que desestabilizam normas, contribuindo para debates sobre cuidado, gênero e políticas públicas.
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